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Você sabia que COBOGÓ é uma palavra criada no Brasil em 1929? Sabe por que ou por quem?
No Recife, capital de Pernambuco, onde o calor é sempre intenso, mas sopra uma brisa gostosa do mar, fechar totalmente uma casa com paredes de tijolos seria um pecado. Preocupados com isso, em 1929, dois comerciantes e um engenheiro de lá idealizaram um elemento vazado de concreto, mais tarde batizado de CoBoGó em homenagem a eles. O nome é a união das iniciais dos sobrenomes: Amadeu Oliveira Coimbra, Ernest August Boeckmann e Antonio de Góes. Colocadas uma sobre a outra para compor as fachadas de prédios, as peças, que passaram a ser pré-fabricadas, viraram um dos símbolos da arquitetura modernista no Brasil. Em pouco tempo, começaram a ser produzidas em cerâmica, com as novas tecnologias esses elementos vazados são encontrados em diversos materiais como a porcelana, madeira, aço, etc. Eram inspirados no muxarabi (Mashrabiya): elemento da arquitetura árabe(muçulmana), que consiste em treliças de madeira instaladas nas sacadas e janelas das casas, no intuito de permitir a abertura destas sem para tanto, possibilitar que as mulheres fossem vistas da rua.
No Brasil, a arquitetura colonial(veio dos mouros e de Portugal) usou e abusou dos muxarabis, não somente como balcões (guarda-corpos), mas também nas janelas, privilegiando a ideia de ver sem ser visto. No entanto, não é somente a arquitetura colonial que se beneficiou desse artifício interessante de iluminação. Na arquitetura de Oscar Niemeyer e de Lina Bo Bardi (arquiteta italiana que viveu e trabalhou muito tempo no Brasil), podemos ver o uso desse elemento. O SESC Pompéia, em São Paulo, por exemplo, possui em suas janelas amorfas, muxarabis vermelhos de correr, que permitem esse trabalho da luz, quando desejado. Em outros projetos arquitetônicos, o muxarabis é utilizado com uma estética diferenciada pelo material escolhido, trabalhando a transparência e integração do ambiente interno e externo, mas mantendo ainda a privacidade que uma residência exige.
Lina Bo Bardi
Oscar Niemeyer
Quem é José Carlos Sussekind?
“Ao relembrar momentos decisivos da minha carreira, vejo que tiveram em comum o fato de eu ter, muito provavelmente, agradado certas pessoas mais pelas conversações acerca de temas gerais do que, especificamente, por conversas técnicas.”(J. C. Sussekind). Assim resume o início de sua amizade com Oscar Niemeyer e outros arquitetos/políticos importantes. Ele sempre aconselhou os arquitetos jovens a estudarem história, filosofia, política, artes e literatura para complementar a formação técnica. Os céticos podem questionar: na prática da engenharia, quais os benefícios resultantes do estudo literário, por exemplo? “O que temos dentro de nós de algum modo se reflete no trabalho. Em tese, gostar de filosofia não muda o cálculo das dimensões de uma coluna, mas possibilita fazê-lo com mais serenidade”, pondera. Geralmente lê dois livros ao mesmo tempo, romance histórico, policiais e biografias, estuda música clássica com amigos, tocando piano, compartilhando, aos finais de semana junto de sua esposa, a companhia dos cachorros e gosta de conversar com pessoas diferentes e interessantes. Essas são algumas semelhanças que tinha com o amigo Oscar, define sua parceria com Niemeyer como “travessuras técnicas”. O desenvolvimento do ser tem que abranger sua profissão e outras habilidades que integram o homem ao mundo que vive. Sussekind, nasceu no RJ, em 1947; foi professor de Estática das Construções, pela PUC-RJ, de 1970 a 1978, e de Concreto Armado e Concreto Protendido, pelo IME-RJ (Instituto Militar de Engenharia do Rio de Janeiro), de 1977 a 1987. Escreveu vários livros técnicos. Fez parte do filme, ‘Oscar Niemeyer: O Arquiteto do Século’, obra franco brasileira que conta com a participação de Chico Buarque. Conheceu Niemeyer quando estava quase se formando em engenharia e já trabalhava em um escritório, desde então começaram a trabalhar juntos até a morte do arquiteto, com 104 anos.
Esta obra traz 56 cartas trocadas de março de 2001 até o início de 2002 sobre os assuntos mais diversos: literatura filosofia a atualidade política e como não podia deixar de ser engenharia e arquitetura com largo espaço para a sua história. O conjunto é ilustrado com desenhos feitos por Niemeyer especialmente para o livro.
Ursinho Pooh e sua verdadeira história:
Que essa história era canadense, todo o mundo já sabe! Dizem ser baseada em fatos reais, um veterinário comprou, de um caçador, uma ursinha preta dando o nome de Winnie porque ela era de Winnipeg. Ele levou a ursinha consigo para a Inglaterra, onde Winnie se tornou a mascote do regimento do exército do qual o veterinário participava. Com o tempo Winnie foi para o zoológico de Londres, onde o garoto Christopher Robin a visitava(Pooh era o nome de um cisne q o menino gostava). O pai desse garoto era A.A. Milne, autor dos livros chamados Winnie The Pooh. O primeiro livro em que Pooh aparece pela primeira vez foi lançado em 1924, com o título When We Were Very Young. O primeiro a tê-lo como protagonista foi Winnie-the-Pooh, publicado dois anos depois, com ilustrações de E. H. Shepard. O sucesso foi tanto que em 1930, um senhor chamado Stephen Slesinger, comprou de Milne os direitos para cinema e comercialização. Quase dois anos depois, Pooh já era um negócio de 50 milhões de dólares.
O primeiro filme animado do Ursinho Pooh, produzido pela Disney, estreou no cinema em 1977, lançando a imagem do personagem como é conhecido hoje. Mas, segundo um estudo publicado na revista científica Canadian Medical Association, cada um dos membros de “Ursinho Pooh” de fato representa alguma doença mental. Se essa foi a intenção de A.A. Milne, jamais saberemos, mas o levantamento traz alguns detalhes realmente pontuais que evidenciam sintomas de algumas patologias. Portanto, confira qual personagem simboliza as enfermidades mentais.
1. Ursinho Pooh: O protagonista teria transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH). Alguns comportamentos corriqueiros, como os pensamentos dispersos, seu estilo desorganizado e os frequentes esquecimentos são sintomas comuns desta condição.
2. Bisonho: Talvez seja o personagem mais triste deste universo. Descontente com tudo e deprimido, não seria difícil dizer que ele sofre de uma depressão profunda.
3. Guru: Às vezes distraído, ele acaba se colocando em situações de risco. Em outros casos, ele simplesmente se isola do mundo, ficando sentadinho na bolsa de sua mãe. Poderíamos dizer que ele possui sintomas do autismo.
4. Leitão: O Leitão parece sofrer de ansiedade, pelo fato de estar constantemente preocupado e vigilante com tudo que pode acontecer ao seu redor. Quando surpreendido por ruídos ou movimentos bruscos, ele se esconde e fica mais à vontade com coisas que o acalmem.
5. Can: Preocupada com seu filho e em como sobreviver sendo mãe solteira, Can está sempre perto de Guru. Seu comportamento dá indícios de Transtorno de Ansiedade Social, conforme pontuou a pesquisa. E se seu filho realmente for autista, seria natural sua ansiedade se intensificar.
6. Abel: Abel faz tudo para que sua vida seja completamente organizada e qualquer fator que interfira nesse processo o deixa bem angustiado. Além disso, se suas coisas não funcionam em perfeita ordem, ele fica extremamente nervoso. Esses comportamentos normalmente correspondem ao Transtorno Obsessivo Compulsivo – TOC.
7. Tigrão: Tigrão não consegue ficar quieto e gosta de tomar decisões de forma impulsiva. Sempre agitado, ele parece sofrer de hiperatividade.
8. Cristóvão: Cristóvão é o único personagem humano do universo de Ursinho Pooh. Cheio de detalhes e bem realista, esse pequeno mundo é fruto de sua fértil imaginação. Talvez vivendo em uma profunda negação, seria possível dizer que ele sofre de esquizofrenia.
O que vc acha?
Estreia em 7 de setembro, Kusama-Infinity
Guy Veloso – lançamento de livro.
O lançamento desse livro do fotógrafo Guy Veloso, foi feito no Festival de Fotografia de Tiradentes, neste ano. No Norte, será lançado em Belém do Pará, sua cidade natal, em 27 de maio de 2017, no Hangar, na XXI Feira Pan Amazônica do Livro (19h). Guy, é Indicado ao Prêmio PIPA 2017.
Série- Merlí
Esta série catalã surpreende, inova, atinge vários públicos e fala com humor de problemas grandiosos da sociedade. É uma boa dica pra quem quer conhecer outras culturas, artistas excelentes fora do eixo EUA e França. Provoca reflexões importantes para todas as idades e países. Merlí, é um professor de Filosofia que encanta, ensinando ‘sem dor’ a todos. Nasceu para isso e, provocador, faz a escola pegar fogo. Em cada episódio um aluno é protagonista e, de quebra, aprendemos um pouco de um pensador(filósofo), seus textos, suas máximas, fazendo a ligação com nosso dia a dia. Sem ser chato, vale muito a pena assistir essa série muito bem produzida. Além disso aparecem outros personagens ótimos, como a artista, mãe de Merlí, impagável!
RIP Chuck Berry
Martín Chambi
Nascido em 05 de novembro de 1891 em uma família de origem inca, de Puno no Peru, Martín Chambi , morreu em Cuzco em 13 de setembro de 1973; foi um dos primeiros grandes fotógrafos indígenas latino-americanos. Suas fotografias tem um valor documental-histórico-étnico maravilhoso, ele era um fotógrafo de retratos nas cidades e no interior do Peru. Bem como foi o principal fotógrafo de retratos em Cuzco , Chambi fez muitas fotografias de paisagens, que vendeu principalmente sob a forma de cartões postais, onde foi pioneiro no Peru. Em 1979, em Nova York, o MOMA realiza uma retrospectiva da sua obra, que mais tarde viajou para vários lugares e inspirou outras exposições internacionais de seu trabalho. Teve um filme da BBC sobre ele.
As seis fotos dos Beatles em Abbey Road.
Os Beatles tiveram muitos fotógrafos a registrar vários momentos da banda. Como :
–Astrid Kirchherr, nasceu em Hamburgo, Alemanha, em 1938. Filha de um executivo da representante alemã da Ford Motor Company. Estudou moda, desenho e fotografia. Se apaixonou por Stuart Sutcliffe, o Stu(Beatle) que morreu jovem. Junto com seu colega Max Scheler foi escolhida para ser a fotógrafa oficial dos Beatles durante “A Hard Day’s Night “, para a revista alemã Stern. Mais tarde, George Harrison pediu-lhe que realizasse a cobertura de seu álbum ‘Wonderwall Music’, em 1969. Depois publicou, em 1995, um livro chamado Liverpool Days, edição limitada, de fotografias em preto e branco. Em 1999, publicou outro livro chamado “Hamburg Days” com fotografias de Kirchherr e desenhos de Klaus Voormann, com fotografias suas dos Beatles.
–Robert Freeman, fotógrafo profissional – o preferido dos Beatles – Entre 1963 e 1966, realizou um trabalho notável. Criou, fotografou e produziu, nada mais, nada menos, do que as capas dos álbuns ‘With The Beatles’, ‘A Hard Day’sNight’, ‘Beatles For Sale’, ‘Help!’ e ‘Rubber Soul’. Também foi ele quem criou os cartazes dos filmes “A Hard Day’s Night” e “Help!”. A esposa de Bob Freeman(como era chamado), Sonny Drane (que pousou nua para o calendário Pirelli em 1964), teve um affair de mais de um ano de duração com John Lennon. Os Lennons e os Freemans moravam no mesmo edifício em Londres.
–Richard Avedon (Nova Iorque, 15/05/1923 – San Antonio, 1/09/2004). As imagens dos Beatles em 1967 se tornaram as mais famosas de Avedon e contam com cores absurdamente vivas. Essas fotos foram publicadas na edição de 9 de Janeiro de 1968 na revista Look, logo após o lançamento dos álbuns ‘Sgt. Peppers Lonely Heart’s Club Band’ e ‘Magical Mistery Tour’, e apenas alguns meses antes do lançamento do álbum duplo conhecido como ‘White Album’. Essas fotos representam cada Beatle de forma muito distinta, como que refletindo através da cor a personalidade de cada um.
–Bob Whitaker- também foi autor da polêmica capa do álbum ‘The Beatles Yesterday and Today’, que mostra os integrantes vestidos com roupas de açougueiro em torno de bonecas desmembradas e sujas de sangue. A princípio, essa sessão era apenas para captar imagens dos músicos para promover o single Rain/Paperback Writer. A imagem causou tanta polêmica que obrigou o grupo a tirar os discos do mercado e a substituir a capa por outra menos controversa.
– Angus McBean–Nos anos 50 e 60, a carreira de McBean tomou uma nova direção quando ele começou a tirar fotografias coloridas para capas de LP. McBean foi responsável pela capa do álbum dos Beatles, ‘Please, Please Me‘. Mais tarde apareceu no LP retrospectiva, ‘The Beatles‘( 1967-1970). Evidência de suas técnicas fotográficas inovadoras e surrealistas como temas podem ser encontrados em muitos cartões de Natal, que ele criou. Para essas imagens, ele construiu conjuntos elaborados, juntamente com adereços detalhados e miniaturas, muitas vezes levando semanas para produzir o efeito desejado.
–Jürgen Vollmer, junto com Astrid Kirchherr e Klaus Voorman eram os cabeças do movimento “Existencialista” que surgia em Hamburgo no tempo que os Beatles passaram lá, no início dos anos 60. Os “Exy’s”, como John Lennon os apelidara. Vollmer era filho de um official do exército alemão que morreu na 2ª guerra. Trabalhava como modelo de moda quando conheceu os Beatles, que na época contavam com o baterista Pete Best e Stu Sutcliffe. Vollmer tornou-se um dos primeiros fotógrafos a fazer ensaios com os Beatles e John Lennon ficava impressionado com a forma que ele clicava a banda. Quando foi morar em Paris, John e Paul foram visitá-lo e foi ele quem cortou seus cabelos à moda dos Exy’s. Uma das fotos de Vollmer preferidas de John era a dele em pé, parado, observando o ir e vir das pessoas. John Lennon usou essa foto na capa do seu álbum ‘Rock And Roll’, de 1975.
–IAN McMILLAN – A fotografia mais conhecida dos Beatles foi tirada por ele. Capa do álbum ‘Abbey Road’, foi tirada do lado de fora dos estúdios, Abbey Road, em 8 de agosto de 1969. A sessão de fotos durou dez minutos. A idéia da foto foi toda de Paul McCartney. A novidade é que foram feitas seis fotos. McCartney escolheu a que achou melhor. Ian, Era amigo de Yoko Ono que o apresentou a John Lennon, que mostrou seu trabalho para o resto do grupo. Depois desse trabalho para os Beatles, Macmillan ainda se encontrou com o casal Ono/Lennon nos anos 70. Depois, ainda fez a capa do ‘PAUL IS LIVE’.
*Existiram outros fotógrafos dos Beatles.
As 6 fotos de Abbey Road:
Fotografia de moda ou arte? Ver Guy Bourdin…
A arte da fotografia de moda segue todas as mutações da sociedade espreitando as perturbações das épocas que cada vez mais, são mais numerosas e imprevisíveis. Assim, a fotografia se revela na sua própria gênese para se reinventar sem cessar. A foto de moda é uma revolução estética permanente que integra a fotografia no campo da arte. E, através do século XX, artistas como Man Ray e outros fotógrafos renomados como por exemplo, George Platt, Diana Airbus, Erwin Blumenfeld, Constantin Joffé, William Klein, Peter Lindenberg e Guy Bourdin acrescentaram um toque artístico nas páginas de revistas de moda com sonho e elegância. O fotógrafo francês Guy Bourdin viveu até 1991, foi precursor da fotografia de moda trabalhando por mais de 30 anos na Vogue Paris e inspirou outros artistas como o fotógrafo Dave La Chapelle e o cineasta David Lynch. Hoje, as galerias de arte internacionais tem muita procura de fashion photos que guardam em seus acervos, cujas fotos os artistas realizaram paralelamente ao trabalho de pintura e fotografia para sustentar a sua arte, como ilustradores da fotografia de moda. Bourdin foi o primeiro fotógrafo a criar uma narrativa complexa, em seguida, arrebatar um momento – sensual, provocante, chocante, exótico, surreal, às vezes sinistro e associá-lo simplesmente com um item de moda. Em Paris, virou pupilo de Man Ray e logo foi escalado pela Vogue francesa para trabalhar as páginas da revista com seu imaginário pra lá de erótico. As páginas eram sempre duplas, com muita sexualidade e certa dose de violência, mas sempre fugindo do óbvio nas cenas cotidianas. Como desenhista, tinha total liberdade para criar. Pensava exatamente no peso de cada elemento e fazia inúmeros rascunhos antes de fotografar. Madonna se rendeu a sua linguagem e foi processada por seu filho e herdeiro Samuel por copiar fotos/enquadramentos do pai em seu clipe “Hollywood”(2004). Guy Bourdin também foi um dos nomes chave dos movimento Dada e Surrealista, na década de 50. Antes de se dedicar a moda fez várias exposições de desenhos, pinturas e fotografias Com influência desde Man Ray até os pintores Margrite e Balthus, além do cineasta Louis Buñel. Este diferencial na sua formação fez de sua fotografia de moda uma arte tão complexa, com poses pouco usuais, aliado a uma visão crítica do glamour e do erotismo. A singularidade do trabalho está na composição, cores, jogo de real e irreal, mistério e surrealismo: “Enquanto todos os anúncios são iguais, ele explora o olhar através de uma fechadura”, diz Shelly Verthime, especialista no artista – e uma das autoras do livro “A Message For You” . O curioso é que queria que seu trabalho fosse destruído depois de sua morte. Sua vida foi bem conturbada, conviveu com o suicídio de sua mulher e de outras duas namoradas. Recusou várias ofertas de publicação de seus trabalhos, tanto que o primeiro livro Exhibit A, foi organizado por seu filho Samuel, 10 anos após sua morte. O fotógrafo e ilustrador francês nasceu em 1928, em Paris, e foi abandonado pela mãe um ano depois. Viveu no Senegal, recrutado pelo exército francês, onde começou a ter aulas de fotografia.
Don’t Wanna Know- Maroon 5
Homenagem a Reinaldo…
Music
” Todas as fotografias são auto-retratos.”
Minor White nasceu em Minneapolis, EUA em 9 de julho de 1908. Morreu em 24 de junho de 1976, em Boston. O seu interesse pela fotografia começou quando ainda era jovem. White iniciou na fotografia por seu avô. Em 1933 concluiu um bacharelado em Botânica, na Universidade de Minnesota. Enquanto trabalhou num hotel em Portland, entrou no Oregon Camera Club, começando também a trabalhar como assistente de fotografia num estúdio durante o seu tempo livre. Mais tarde viria a trabalhar como fotógrafo criativo para a Work´s Progress Administration. Entre 1940-1441, foi diretor e professor de fotografia e participou na exposição “Image of Freedom“, no Centro de Arte Moderna de Nova Iorque. A sua primeira exposição individual realizou-se um ano mais tarde no Museu de Arte de Portland. De 1942 a 1945 esteve nos serviços de informação do exército dos Estados Unidos e como não podia fotografar regularmente, dedicou a maior parte do tempo à escrita de um livro sobre fotografia. Em 1946, lecionou na Faculdade de Fotografia da Universidade da Califórnia, onde Ansel Adams também dava aulas na área e com quem desenvolveu laços estreitos. Por esta altura, começou a fazer experiências de exibição de sequências fotográficas em paredes grandes. Juntamente com Ansel Adams, Dorothea Lange, Barbara Morgan, entre outros, fundou a Aperture, uma revista publicada trimestralmente, da qual foi editor em 1952. Entretanto foi responsável por várias exposições, lecionou Fotografia no Instituto de Tecnologia de Rochester, foi editor da Image Magazine e foi um dos membros fundadores da Sociedade da Educação Fotográfica. Com Ansel Adams desenvolveu a zone system (“sistema de zonas”), um sistema que permite ao fotógrafo ter um controle absoluto sobre a aparência da imagem. Em 1976 tornou-se consultor e editor da revista Parabola. Minor White propõe que a mente do fotógrafo permaneça em branco para que este esteja sensibilizado para o “ver” e “encontrar”. Como no livro “Zen in the Art of Archery” (Zen na Arte do Arqueiro) de Herrigel – que serviu de guia para White e outros fotógrafos como Cartier-Bresson – onde o arqueiro deve alcançar o branco mental para acertar o alvo. O fotógrafo deve apagar-se totalmente para não deixar mais do que a presença das coisas. Ao mesmo tempo seu espírito irá se confundir com essa presença, coincidir com ela, e as coisas se converterão em espírito por uma “efusão verdadeiramente mística”. Era um modernista e influenciou outros fotógrafos com seus pensamentos e técnicas.
Lartigue…
Em 13 de junho de 1894, em Courbevoie na França, nascia um dos fundadores da fotografia moderna , Jacques Henri Lartigue. Desde 1902, quando tinha oito anos de idade, até sua morte em 1986, Jacques Henri Lartigue manteve uma prolífica produção fotográfica, retratando o cotidiano francês em momentos variados que começam nas últimas décadas da Belle Époque e passam pelas transformações vividas na Europa ao longo do século 20. Mas só teve notoriedade como fotógrafo somente a partir dos anos 1950. Dedicava também seus dias à escrita e à pintura. Obteve certa notoriedade como pintor nos anos 1920-1930, mas somente após a exposição consagrada a ele no Museu de Arte Moderna de Nova York, em 1963, o reconhecimento se difundiria pelo mundo inteiro. 1979, Jacques Henri Lartigue doou ao Estado francês toda a sua obra fotográfica. Não desejando que seu trabalho viesse a integrar a coleção de um museu, mas que seguisse vivo e explorado, Lartigue conseguiu que fosse criada uma associação de amigos sob a tutela do Estado. É assim que a Association des Amis de Jacques Henri Lartigue, dita Donation Jacques Henri Lartigue, conserva, administra e divulga a obra do fotógrafo no mundo inteiro, por meio de exposições, publicações, filmes e livros, além da venda de tiragens para colecionadores. A Donation Lartigue é composta por: 135 álbuns em formato 52 x 36 cm, preenchidos com tiragens originais diagramadas e legendadas por Lartigue, a partir de imagens feitas ou colecionadas por ele (os álbuns seguem uma ordem cronológica: começam em 1880 – com as fotografias de família – e terminam em 1986), com sua morte em Nice na França.
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